Um português foi ao bolso à troika.
Ao contrário do que se ouve pelas ruas - 'graças à troika estamos na miséria' ou 'estou farto que me venham ao bolso' - um carteirista furtou a carteira do representante do Fundo Monetário Internacional (FMI), Albert Jaeger, a viver em Lisboa desde Outubro. Este incidente ocorreu no eléctrico 28, enquanto o austríaco conhecia a cidade como um comum turista.
O 'Não foi, mas podia ter sido...' encontrou o larápio que se defendeu dizendo que "eu sabia quem ele era. Eu não sou mais um que anda praí a fanar os bifes. Sou um funcionário público que, além de ver rendimento anual cada vez mais reduzido, já esteve, por duas vezes, à beira da reforma, mas que teve que fazer contas à vida". Tudo faz sentido para Manuel (nome fictício) até porque "fui ensinado desde muito novo que 'ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão', mas será mesmo?"
À pergunta 'valeu a pena?', Manuel responde: "só tinha trocos... ou melhor: troikos!"
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